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“Como esse rio é grande, como essa selva é grande”, já dizia Leci Brandão em sua canção em homenagem ao Rio Negro, no estado do Amazonas. Navegando por essas águas escuras de imensa importância para a região, Ricardo Martins adentra em uma Amazônia mais selvagem para desvendar os enigmas da natureza.
A expedição amazônica subiu de nível: novas experiências e rituais, contato com uma cultura que poucos têm a oportunidade de conhecer, histórias cheias de mistério e, claro, muita fotografia em ação.
Sinta a viagem! Te convidamos a abrir seu coração, limpar sua mente e mergulhar conosco nesta aventura que vai tocar sua alma. Vamos nessa?
Veja como foi a passagem de Martins pelas águas e ruínas amazônicas!
O fenômeno do encontro das águas do Rio Negro e Rio Solimões
Rio Negro: principal afluente do Rio Amazonas, o sétimo maior do mundo em volume de água, cobre uma extensão de aproximadamente 1.700 km e banha três países da América do Sul.
Sua nascente é no leste da Colômbia, onde é chamado de Guainía. Passa a receber o nome de Rio Negro na área de convergência com o canal Cassiquiare, na Venezuela. A título de curiosidade, esse é o ponto de ligação entre a maior bacia hidrográfica do mundo, que é o Amazonas, e a terceira maior da América do Sul, o Orinoco.
Mas o encontro do qual realmente queremos falar é entre o Rio Negro e o Rio Solimões. Esses dois gigantes amazônicos formam um estuário de 6 km, cada um do seu lado, sem se misturar.
Ali acontece um fenômeno contrastante, com águas escuras de um lado e amarronzadas de outro, separadas por uma linha bem definida, quase como se fosse pintada à mão. E sabe por que esse encontro acontece de forma tão marcante?
Tudo é uma questão de diferença de temperatura, velocidade e composição química.
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Olha só, o Rio Negro tem o pH baixo, entre 3,8 e 4,9. Essa característica se deve ao fato de que muitos ácidos orgânicos são liberados pelo processo de decomposição vegetal, o que também explica a coloração da água. Ah, e a temperatura de 28º C, em média, também é um fator importante para essa divisão.
Já no seu vizinho de águas barrentas, Solimões, a água mede cerca de 22° C. Sua velocidade é de 6 km por hora, enquanto no Rio Negro o fluxo é mais lento, ficando em 2 km por hora. Mas há um ponto em que eles se juntam, e então formam o Rio Amazonas.
+ Entenda a diversidade da fauna amazônica
+ Visite as cachoeiras de Presidente Figueiredo (AM)
Todo esse encanto natural é fundamental para a região. Primeiro porque é um dos principais pontos turísticos de Manaus (AM), como já era de se esperar. Em segundo lugar, porque os habitantes se deslocam através do rio, fazendo dele um meio de mobilidade.
Já que tocamos no assunto, nada mais justo que falarmos sobre as pessoas que vivem ao redor do rio, não é mesmo?!
Conhecendo a comunidade local
Narrativas que inspiram. Rituais que curam. Costumes que geram conhecimento para quem tem ouvidos atentos e disposição para gingar num ritmo até então desconhecido.
Na região rionegrina vivem 23 povos indígenas, que ali perpetuam suas tradições, crenças, identidades e diversidade linguística, além dos povos ribeirinhos que de alguma forma se conectam com a Floresta Amazônica dia após dia.
São essas as culturas que Ricardo Martins foi conhecer e vivenciar!
Comunidade Catalão
A primeira parada do fotógrafo às margens do Rio Negro foi na Comunidade Catalão, localizada no município de Iranduba, Região Metropolitana de Manaus (AM). O que chamou a atenção do nosso viajante é que as casas foram construídas sobre tocos de madeira para que se adaptem à época de cheia.
Não são palafitas, mas sim casas flutuantes. Elas são erguidas em cima de uma madeira chamada assacu; curiosamente, o material resiste à água e faz as casas flutuarem, mas se torna frágil quando fica seco por um longo período.
A vida por lá é de uma tranquilidade inimaginável, mesmo com o balanço provocado por tempestades ou pela circulação de grandes barcos. Os habitantes chamam esse movimento de “banzeiro”.
Criação de pirarucu na Comunidade Catalão
Você já sabe: para Ricardo Martins, não basta fotografar, ele precisa participar das atividades típicas dos locais que visita. E ele está certíssimo, afinal, é assim que se cria conexão com os povos e se transmite histórias e os saberes desses povos.
O fotógrafo aventureiro nos apresentou uma criação de pirarucu na Comunidade Catalão e se surpreendeu com os desafios dessa tarefa. O pirarucu é um dos maiores peixes que habitam a Amazônia, aliás, um dos maiores peixes de água doce do mundo!
O gigante pode atingir de 2 a 3 metros de comprimento e chegar a pesar 200 kg. Entende a dificuldade por trás da criação desse animal? Pois é! No entanto, é de suma importância para famílias que vivem da pesca.
O ciclo de procriação da espécie ocorre durante a seca. A fêmea é capaz de botar 10 mil ovos de uma só vez, porém, tanto o ninho como os filhotes devem ser protegidos pelo macho por serem alvos fáceis para os predadores naturais. Isso significa que o manejo dos animais não é nada fácil, pois é necessário fornecer as condições adequadas para eles.
Uma parada inesperada: Reserva de Desenvolvimento Sustentável do Lago do Piranha
Saindo da comunidade rumo ao interior da floresta, houve uma mudança de roteiro. A propósito, dar meia volta e mudar o rumo da viagem também pode ser uma escolha sábia, principalmente quando seu guia é alguém que conhece muito bem a região. Vai por mim!
O encontro inesperado com pescadores locais rendeu uma ótima dica: visitar a Reserva do Piranha. Trata-se de um local pouco explorado na margem esquerda do Rio Solimões, que conta com um projeto de ecoturismo e tem o intuito de preservar fauna e flora.
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Aldeia Cipiá
A próxima parada foi para conhecer os indígenas da Aldeia Cipiá, a 80 km de Manaus, na margem esquerda do Rio Negro. A aldeia é composta por 6 etnias: Dessana, Tukana, Tuyuca, Makuna, Bará e Kubeua.
Sem sombra de dúvida, essa é uma das mais incríveis experiências de imersão cultural, que também podemos chamar de etnoturismo. Ao chegar, os turistas são recepcionados pelo pajé, responsável por apresentar a comunidade, seus rituais e seu modo de vida.
Martins não só ouviu histórias sobre os povos e assistiu suas comoventes apresentações, como também participou de danças, recebeu uma pintura étnica em seu rosto e, certamente, sacou sua câmera para eternizar este momento tão especial.
A cultura medicinal do rapé na Aldeia Cipiá
O uso medicinal do rapé é uma tradição ancestral entre os grupos indígenas. A cura proporcionada pela substância é também espiritual, no sentido de compreender e harmonizar com os seres místicos da floresta.
O rapé é uma mistura potente feita com tabaco, ervas e cinzas de árvores, tudo colhido da natureza.
Saindo da aldeia, Martins seguiu viagem rumo ao arquipélago fluvial de Anavilhanas. Inclusive, não é a primeira vez que esse destino aparece por aqui. Nossa amiga Mel Fronckowiak também já visitou o coração da Amazônia e deu dicas de hospedagem por lá!
+ Conheça as belezas do Parque Nacional de Anavilhanas e saiba onde se hospedar em Novo Airão, uma das cidades que abriga o parque!
Com a sugestão do pajé, Ricardo Martins preferiu pegar estrada para chegar mais rápido ao seu destino. Mas a mudança de planos não foi um problema, já que nosso parceiro contou com a agilidade da Localiza para alugar um carro e pegar estrada.
As ruínas do Velho Airão
Faça chuva ou faça sol, um bom aventureiro nunca desiste! A missão de subir o Rio Negro está quase chegando ao fim, e agora é hora de se embrenhar na Floresta Amazônica para ver de perto o que restou de uma cidade abandonada que um dia levou o nome de Airão Velho.
Caminhando pelas ruínas, é impressionante observar como a natureza vai retomando sua forma em meio ao rastro humano. Reza a lenda que o vilarejo amazonense, que teve sucesso econômico no Ciclo da Borracha, foi deixado por seus habitantes após um ataque de formigas de fogo.
Bom, quanto a isso não há comprovação, mas o fato é que a Amazônia selvagem está presente ali mais do que nunca. Ah, e vale lembrar que o local possui um guardião, o japonês Shigeru Nakayama, que vive no Velho Airão e cuida da cidade.
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Como a Localiza te leva a todos os cantos do Brasil
Curtiu este episódio da expedição amazônica com Ricardo Martins? Se toda essa beleza e energia em volta do Rio Negro te instigou a ver com os próprios olhos e sentir na pele, saiba que nós apoiamos sua visita ao local!
Uma vez que você desembarca no aeroporto de Manaus, seus próximos meios de transporte serão barcos, canoas e, certamente, um carro alugado com a Localiza quando for se deslocar em terra firme.
E se você ainda não sabe qual carro escolher, nem precisa se preocupar, pois temos dicas dos melhores carros para cair na estrada. A Localiza te leva a todos os cantos do Brasil e vai contigo aonde você for!
Acompanhe cada etapa da jornada de Martins e suas lentes pela Amazônia:
+ Conheça a história de Belém do Pará e saiba o que fazer na cidade
+ Surpreenda-se com as peculiaridades da Ilha de Marajó (PA)
+ Descubra as maravilhas de Alter do Chão (PA), o Caribe brasileiro na Floresta Amazônica
Nos vemos no próximo destino!
Bom dia Ricardo !
Acabei de ver seu vídeo sobre a Amazônia e tive a grande satisfação de ver sua fotografia sempre tão linda. Saudades do seu tempos de Ubatuba de do birdwatching com o Sr. Carlos Rizzo e aquele grupo tão bacana. Eu estou morando em Manaus há 12 anos. Quando voltar avisa para nós encontrarmos. Um grande beijo.